O preço médio praticado por marca

Das marcas premium europeias aos fabricantes asiáticos mais populares, conheça o preço médio praticado por cada marca de motocicletas no Brasil. Uma breve análise mostra a estratégia de mercado dos principais fabricantes e mostra que o público-alvo de várias marcas está nas classes sociais mais altas

Motos para todos


HAOJUE: a chinesa que também fornece motos pequenas para a Suzuki, está presente no Brasil com 3 modelos custando em média R$ 5,9 mil

TRAXX: a também chinesa Traxx, muito popular no nordeste do país, tem uma gama de 10 modelos custando em média R$ 6,1 mil

SHYNERAI: Seus seis modelos disponíveis no Brasil desde 2013, custam em média R$ 6,7 mil

DAFRA: a brasileira Dafra que opera com modelos fabricados sob licença da taywanesa SYM e da chinesa Haojue tem preço médio de R$ 13,2 mil muito próximo ao praticado pela Honda.

HONDA: presente no Brasil desde 1971, e líder do mercado nacional desde sempre, detém o maior catálogo de produtos disponível com 36 modelos de motos. Oferece uma ampla faixa de preços desde os R$ 6,2 mil da Pop 110i até os R$ 122,3 mil cobrados pela luxuosa Goldwing. Porém a maior parte de seus modelos está na faixa mais popular com um preço médio de R$ 14,4 mil.

KYMCO: nesta nova operação no Brasil, a Kymco por enquanto traz apenas dois modelos de scooter custando em média R$ 19,4 mil.

Emergentes


ROYAL ENFIELD: recém chegada no Brasil, a marca anglo-indiana disponibiliza 7 modelos retrô que custam em média R$ 21,6 mil.

YAMAHA: apesar de muito popular no mercado nacional, a Yamaha tem uma gama de produtos bem menos acessível do que sua arqui rival, Honda. Apesar de motos pequenas como Factor, Crypton e Fazer 150, a média de preço da Yamaha fica em R$ 27,3 mil.

SUZUKI: outra marca que poderia conquistar uma faixa maior do mercado, é a Suzuki que tem poucos (e desinteressantes) modelos nas faixas mais populares, operando com um preço médio de R$ 34,8 mil.

KAWASAKI: entre as marcas japonesas, a Kawasaki é a que mais foca em modelos mais caros. Com seus modelos mais acessíveis partindo de R$ 20,5 mil reais, acaba se distanciando do perfil mais popular geralmente adotado por fabricantes asiáticos com seus modelos custando em média R$ 40,3 mil.

Motos para poucos


PIAGGIO: nascidas no pós-guerra como opção barata de transporte, as pequenas scooters do fabricante italiano resistiram ao tempo ganhando status de elemento da cultura pop e referência em design. O preço de seus modelos acompanharam seu sucesso e no Brasil seu preço médio fica em R$ 41,2 mil.

KTM: a austríaca KTM também não cobra barato pelos oito modelos que comercializa por aqui: custam em média R$ 45,3 mil.

TRIUMPH: comercializando apenas modelos acima das 800cc, a Triumph cobra um preço médio de R$ 47,7 mil.

Um clube muito seleto


MV AGUSTA: os clientes da marca italiana desembolsam em média R$ 61,2 mil

HARLEY-DAVIDSON: feitas para durar e ícones do mundo motociclístico, as motos da norte-americana custam em média R$ 69,8 mil

DUCATI: a Ducati está para as motos como a Ferrari está para os carro. Com modelos de alta tecnologia e desmepenho, não custam barato. Para levar uma para sua garagem, desembolsa-se em média R$ 71 mil.

BMW: apesar de estar lançando modelos populares e de baixas cilindradas nos últimos anos, a maior parte dos modelos alemães encontram-se numa faixa mais "estratosferica de preços" com uma média de R$ 73,2 mil.

INDIAN: retornando à vida após decadas, a Indian chegou ao Brasil com apenas seis modelos e com o maior preço médio cobrado entre todos os fabricantes: R$ 85,5 mil.


Analisando o preço médio praticado pelas principais marcas, conclui-se que 56% dos modelos ofertados no mercado estão posicionados acima dos 35 mil reais para consumidores mais abastados, enquanto o número de modelos mais populares com preços e média até 20 mil reais representam 27%. Por um lado mostra que o mercado amadureceu em gama de produtos, mas por outro lado vai contra o poder aquisitivo da maioria dos consumidores, que se enquadraria no mercado de motos mais populares.
Já com base na origem das marcas, nota-se uma grande diferença no posicionamento das marcas em relação ao preço que praticam. As marcas asiáticas seguem sua filosofia de vender em grandes quantidades a preços mais populares com uma média de R$ 24 mil reais por modelo. As europeias e norte-americanas cobram preços bem mais altos: média de R$ 50,3 mil reais e R$ 71,3 mil reais respectivamente. Nestes casos por um maior foco na qualidade, tradição e custos de produção.


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