Desde sempre, a Honda é líder de vendas no Brasil. Sua estratégia de mercado sua alta capacidade de produção e distribuição além de lançar produtos que ocupem todos os setores do mercado garantindo um público-alvo bem diversificado. Mas apesar da tradição e do nome forte, nem todos os lançamentos da Honda foram bem recebidos pelo mercado brasileiro.
Importado do Japão, o Spacy foi comercializado no Brasil entre 1993 e 1994 com aproximadamente 2.200 unidades vendidas.
O Spacy talvez tenha sido o produto certo na época errada, pois com as importações praticamente recém liberadas, os scooters eram encarados como "brinquedos caros" e com um mercado limitado, a manutenção era cara e escassa. O visual exótico e o preço alto minaram de vez a carreira do Spacy.
A Honda XL 1000 V Varadero chegou ao Brasil em Outubro de 2007 importada da Espanha para concorrer no mercado das big trail. Apesar do motor potente e do design bem acertado, a Varadero chegou cara: custava quase R$ 58 mil contra R$ 43,8 mil cobrados pela Suzuki V-Strom 1000, R$ 50,5 mil por uma Triumph Tiger 1050 e R$ 71,4 mil cobrados pela BMW R1200GS. Custando 32% a mais que a V-Strom, sem apresentar qualidades que justificassem tanta diferença, e apenas 23% a menos que uma BMW, sem pertencer a uma marca premium, a Varadero não decolou e a Honda encerrou a importação do modelo em 2009. Em Setembro de 2010, a Honda reduziu o preço da Varadero para R$ 45 mil e continuou vendendo as unidades 2009 até Março de 2011.
Com o grande sucesso da Kawasaki Ninja 250 (e em menor escala da Kasinski GT-R 250 entre aqueles que queriam entrar no mundo das esportivas, a Honda decidiu lançar um produto para concorrer no mercado das pequenas esportivas, e em 2012 começou a importar da Tailândia a CBR 250R. A pequena CBR trazia design atual, e opção de freios ABS, mas por outro lado pecava pelo motor monocilíndrico e suspensão dianteira convencional contra motores bicilíndricos da Ninja e Comet GT-R (esta equipada com suspensão invertida). Mais uma vez, o preço mais alto não era justificado frente às rivais e a Honda tirou a CBR 250R de seu catálogo de modelos no mesmo ano. A chegada da Ninja 300 uma ano depois deixou a pequena Honda para trás de vez.
A Falcon saiu de linha em 2008 por não se adequar às leis de emissões do PROMOT, dando lugar à XRE 300. Em 2013, dotada de injeção eletrônica e poucas mudanças visuais, a Falcon voltou ao mercado nacional, mas a XRE custava 2 mil reais a menos e oferecia freios ABS, motor flex e um visual mais atual. Sem espaço na própria casa, a Falcon novamente saiu de linha em 2015.